O Brasil está ansioso por cidades inteligentes.
Conquistado pelos potenciais da tecnologia aplicada à máquina urbana, nosso país se deu conta de que, ao redor do mundo, diversos países encontraram soluções possíveis, interessantes e aproveitáveis para boa parte dos nossos problemas urbanos.
O povo brasileiro está cada vez mais consciente de que os gargalos da máquina pública poderiam ser amplamente reduzidos com a otimização de recursos e serviços urbanos, atualmente possível por meio das novas tecnologias.
Porém, otimizar não é o único atrativo para o nosso país. O contato com conceitos inovadores de cidades nos fez perceber que um conjunto adequado e orquestrado de inovações podem também melhorar significativamente a nossa qualidade de vida e atender às necessidades mais importantes das gerações presentes e futuras.
Há um senso de que estamos vislumbrando um mecanismo feito para a melhoria real da governança, segurança e administração pública, saúde, educação, mobilidade urbana, eficiência energética, saneamento, turismo, desenvolvimento econômico, rural, meio ambiente e etc.
Notícias sobre iniciativas internacionais bem sucedidas e elegantes, aliadas à possibilidade de reprodução em território brasileiro por conta das tecnologias livres e interoperáveis, tornaram o conceito ainda mais interessante.
Alia-se a isso o fato de que muitas das soluções propostas são elaboradas conjuntamente por equipes organizadas nas mais diferentes universidades do planeta, além de empresas e governos, através da ciência aplicada e de laboratórios vivos, produzindo um tipo de alicerce em que a sociedade atual está convencida a se apoiar.
Frente a esse cenário, o Brasil anseia pela experiência própria.
Muitos municípios já lançaram iniciativas, inserindo soluções para diversos setores.
Entretanto, muitas dificuldades já foram identificadas e carecem de estratégias inteligentes para eliminá-las.
Por conta disso, a FUNCATE, que atua na área de geoprocessamento com aplicações tanto urbanas quanto ambientais, percebeu oportuno o momento em que estamos e decidiu averiguar o estado de prontidão dos municípios brasileiros para a imersão tecnológica geoespacial necessária para a implantação de soluções de cidades inteligentes, entendendo ser este um importante elemento do fundamento sobre o qual todo o resto poderá se desenvolver, seja para qual direção for.
Pesquisa de municípios, individualmente, através da internet, em busca de evidências do uso de geotecnologias. Os municípios para os quais isso foi encontrado compuseram a categoria USig (Universo SIG).
Prefeituras também podem participar, fornecendo as informações clicando aqui.
Dados oficiais como número de habitantes, IDHM, PIB, PIB per capita e indicadores de acesso à internet, formaram a base para as análises realizadas.
O conjunto de municípios com maior grau de semelhança em relação aos municípios do USig e que demostram propensão à adoção de soluções inteligentes, foram destacados para a lista de resultados deste estudo.
Até o presente momento, o estudo, ainda em andamento, encontrou 640 municípios com situação de prontidão para aceitar o acoplamento de novas tecnologias e interoperar em nível Inter organizacional, intermunicipal, interestadual, nacional e internacional, tendo em vista os padrões internacionais emergentes para este conceito de cidades.
Isoladamente para o estado de São Paulo, o estudo encontrou 222 municípios que formaram o mapa abaixo:
Lopes, L. F.; Santos,C.P.F., 2020. Cidades Brasileiras: Prontidão em Geotecnologias para Soluções de Cidades Inteligentes. Em preparação.
Agradecimentos aos colaboradores: Adriana Scolastrici, Edgard Bontempo, Eric Abreu, Fernanda Seidl, Flávia Aragão, Luciana Moreira, Mário Pettinati, Monica Tatiane, Tassiana Segantine e Vanildes Ribeiro.