Satélite Amazonia-1 já está a caminho de Sriharikota, na Índia
Lançamento do primeiro satélite projetado e desenvolvido com tecnologia nacional será em fevereiro de 2021, no Centro Espacial de Satish Dhawan
Decolou às 11h48 desta terça-feira (22), do Aeroporto Internacional de São José dos Campos/SP, o avião B777 da Emirates levando o Amazonia-1, primeiro satélite projetado e desenvolvido com tecnologia nacional. Ao todo, foram necessários 52 containers especiais para transportar com segurança os módulos do satélite, que pesa 638 kg. O voo fará uma primeira escala em Dacar, no Senegal, depois faz mais um pouso em Dubai, nos Emirados Árabes. De lá, segue para o destino final em Sriharikota, na Índia. A previsão é que a duração do voo até o destino final seja de aproximadamente 24 horas.
O Amazonia-1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. É um projeto coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI).
“Queria parabenizar a todos que têm trabalhado durante muitos anos neste projeto. Os engenheiros, os técnicos, enfim todos aqueles que se dedicaram ao desenvolvimento deste satélite. Parabéns ao INPE, parabéns à Agência Espacial Brasileira, vinculadas ao MCTI, parabéns a toda a equipe do ministério envolvida no projeto”, afirmou o ministro Marcos Pontes, que destacou ainda os ganhos que o projeto traz ao Brasil. “É um satélite que não só representa a tecnologia nacional sendo colocada à disposição do nosso país, mas também injeção de recursos nas nossas empresas nacionais para gerar empregos, conhecimento e outras possibilidades. Nosso programa espacial está decolando e junto com ele decola o Amazonia-1”, declarou Pontes.
Presente na coletiva realizada antes da decolagem, o diretor do INPE, Clezio de Nardin, fez questão de ressaltar que o projeto nacional beneficiará a indústria local. “Um satélite projetado e desenvolvido com tecnologia nacional, um desafio para a indústria nacional especialmente da nossa região, em São José dos Campos, que abriga o polo aéreo espacial”, afirmou Nardin.
O presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, ressaltou que o desenvolvimento do satélite só foi possível por uma união de forças. “O projeto foi possível devido ao esforço do ministro Marcos Pontes, com apoio da Casa Civil e do Ministério da Economia, que acreditaram e viabilizaram recursos para que fosse realizado. Não existe país do porte do Brasil, seja pela economia, seja pelo tamanho do território, seus biomas, ou o tamanho de sua população, que não tenha um programa espacial muito forte. E estamos neste caminho das nações mais desenvolvidas”, avaliou Moura.
Lançamento
A previsão é que o Amazonia-1 seja colocado em órbita terrestre no mês de fevereiro de 2021, pelo lançador PSLV da ISRO, a partir do Centro de Lançamento Sriharikota, na Índia. O satélite ficará numa altura de 700 km e terá a missão de fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica.
Fonte: MCTI